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Como usar IA para resumir documentos jurídicos em segundos

Advogados e equipes jurídicas convivem diariamente com relatórios extensos, decisões volumosas e contratos de dezenas (às vezes centenas) de páginas. Esse tipo de leitura consome horas preciosas que poderiam ser dedicadas à estratégia, ao relacionamento com o cliente ou à prospecção de novos casos.

É aqui que entra a inteligência artificial aplicada ao Direito: com ferramentas acessíveis e fáceis de usar, já é possível resumir documentos jurídicos em segundos, sem perder a precisão das informações essenciais.

De acordo com uma pesquisa inédita da OAB/SP (2024), realizada em parceria com Jusbrasil, Trybe e ITS Rio, 55,1% dos profissionais de Direito no Brasil já utilizam IA generativa em suas rotinas, sendo o resumo e a análise de documentos uma das aplicações mais comuns. Em outras palavras: o movimento já começou, e quem ficar para trás perderá eficiência e competitividade.


Por que os resumos jurídicos são a aplicação nº1 da IA

A tarefa de resumir documentos jurídicos é ideal para a IA porque reúne três características:

  1. Alto volume de informação repetitiva – decisões, relatórios ou contratos costumam ter estruturas semelhantes.

  2. Baixa complexidade estratégica – identificar pontos-chave não exige interpretação criativa profunda, mas organização e síntese.

  3. Alto custo de tempo humano – advogados gastam horas em leitura linear que pode ser acelerada por algoritmos.

Não é coincidência que, no Brasil e no mundo, os resumos de documentos são a porta de entrada para a IA na advocacia.


Ferramentas práticas para advogados

Você não precisa de investimentos milionários para começar. Hoje já existem legaltechs brasileiras e plataformas internacionais com recursos acessíveis:

  • Turivius: pesquisa jurisprudencial com filtros inteligentes e resumos automáticos.

  • Notebook LM: gera resumos, extrai informações e permite que você interaja com o documento sem contaminação de outras fontes.

  • ChatGPT (versão empresarial ou com protocolos de segurança): capaz de resumir decisões, contratos ou e-mails jurídicos em linguagem natural.

O segredo não está apenas na ferramenta, mas em como você faz a pergunta. É aqui que entra a engenharia de prompts, habilidade de estruturar comandos claros e objetivos.


Passo a passo simples para começar

  1. Escolha o documento: pode ser uma decisão, contrato ou relatório extenso.

  2. Defina o objetivo do resumo: “quero identificar cláusulas de risco”, “quero um resumo executivo para o cliente”, “quero destacar jurisprudência relevante”.

  3. Use prompts direcionados. Exemplos práticos:

    • “Resuma este contrato em até 10 tópicos destacando cláusulas de risco trabalhista.”

    • “Leia este acórdão e explique em até 5 frases o resultado do julgamento.”

  4. Revise sempre: a IA entrega uma síntese inicial, mas o crivo jurídico é humano.


Cuidados importantes

  • Sigilo profissional: evite colar informações sensíveis em versões abertas da IA. Prefira ferramentas seguras, que atendam à LGPD.

  • Validação: sempre revise o resumo antes de compartilhar com cliente ou protocolar.

  • Uso estratégico: a IA libera tempo, mas não substitui sua análise crítica.


O benefício imediato

Segundo a pesquisa da American Bar Association (2024), 54% dos advogados que já usam IA apontam a economia de tempo como o maior benefício. No Brasil, isso significa menos horas desperdiçadas com leitura mecânica e mais energia dedicada à estratégia e ao relacionamento humano – áreas onde a IA não substitui, mas fortalece o advogado.

Resumir documentos com IA não é futuro. É presente. E está disponível agora mesmo para qualquer advogado que queira trabalhar com mais eficiência, entregar resultados mais rápidos e se diferenciar no mercado jurídico.


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