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Segurança de dados na advocacia: a maior falha é humana

Segurança de dados na advocacia: a maior falha é humana

A advocacia vive de confiança. Clientes confiam que suas informações serão tratadas com sigilo, integridade e ética. Mas, em um cenário cada vez mais digital, a maior vulnerabilidade não está nos softwares, e sim nas pessoas.

Segundo pesquisa da OAB/SP (2024), 39% dos profissionais que já usam IA no Direito apontaram preocupações com privacidade e segurança de dados como barreira à adoção. Essa estatística revela algo crucial: muitas vezes, o risco não está na ferramenta, mas no uso inadequado dela pelo próprio time.


O elo mais fraco da segurança

Firewalls, criptografia e sistemas de nuvem avançados são indispensáveis. Mas não é aí que ocorrem os maiores vazamentos. A fragilidade geralmente nasce em práticas como:

  • usar a mesma senha em várias plataformas;

  • enviar contratos sigilosos por e-mail pessoal ou WhatsApp;

  • não bloquear a tela do computador em locais compartilhados;

  • colar documentos confidenciais em ferramentas abertas de IA sem anonimizar dados.

Ou seja: o fator humano é o ponto crítico da segurança jurídica.


Por que treinar a equipe é indispensável

  1. Conscientização: sem treinamento, muitos colaboradores sequer percebem que uma prática cotidiana é um risco.

  2. Padronização: cada membro da equipe precisa seguir o mesmo protocolo para evitar brechas.

  3. Cultura de responsabilidade: segurança não é tarefa de TI, é responsabilidade de todos.

  4. Diferencial competitivo: escritórios que mostram ter uma equipe treinada em proteção de dados transmitem confiança extra aos clientes.


7 práticas simples que todo advogado pode adotar

  1. Senhas fortes e exclusivas em cada sistema.

  2. Autenticação em dois fatores (2FA) em e-mails e softwares jurídicos.

  3. Uso de canais institucionais (nunca apps pessoais) para troca de informações sensíveis.

  4. Anonimização de dados ao usar IA ou compartilhar documentos.

  5. Política clara de armazenamento seguro e backups regulares.

  6. Bloqueio automático de telas em notebooks e desktops.

  7. Revisão de acessos periódica: quem realmente precisa visualizar determinado contrato ou processo?


O papel da liderança

A cultura de segurança começa no topo. Sócios e líderes precisam:

  • dar o exemplo, seguindo os mesmos protocolos;

  • revisar periodicamente práticas da equipe;

  • reforçar que segurança não é burocracia, é proteção ao cliente e ao próprio escritório.


Conclusão

No fim das contas, a maior falha de segurança não é técnica — é humana. Escritórios que treinam suas equipes reduzem drasticamente riscos de vazamento, evitam prejuízos jurídicos e se diferenciam como parceiros confiáveis.

Treinar pessoas é tão estratégico quanto investir em tecnologia. Afinal, proteger dados é proteger a reputação do escritório.


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